quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Só Isso V - Feliz 2009
Que o tempero de seu 2009 tenha muito sabor e equilíbrio!
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Caranguejada em Guaratuba
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Piadinha - Classe Econômica
- Estamos iniciando nosso serviço de bordo, o senhor deseja jantar?
- E quais são as opções?
- Ou sim, ou não.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Para presente
- Pôxa, a senhora é fã do Rubem Alves, hein!?
- É que meu filho mais velho descobriu Rubem Alves e se “apaixonou” por ele...vou dar de presente de natal.
- Humm, sei...também gosto muito do Rubem Alves.
Três segundos de silêncio e ela continua, em tom de segredo:
- Sabe, eu tenho uma discoteca e uma biblioteca imensas... invisto a minha aposentadoria em livros. E em música! Costumo dizer que é a “fazenda” que eu vou deixar de herança para os meus filhos e netos. Conhecimento, prazer e cultura. Tenho certeza que a partilha das terras vai dar briga entre eles, mas será uma briga boa! (risos)
Pagamento feito, ela sai apressada para embrulhar os livros. Haja papel colorido. Rubem Alves tem conteúdo de muitos alqueires.
sábado, 20 de dezembro de 2008
Salada
Mas desta vez foi diferente: semana passada estive em Carambeí, no Paraná. Esta região dos Campos Gerais foi colonizada por holandeses e é famosa por possuir a melhor bacia leiteira do Brasil. Durante a viagem de volta paramos numa fabriqueta da estrada, a Queijos Niemeyer, para tomar um café e esticar as pernas. Lá encontrei uma das melhores mussarelas “nozinho” que já comi. Sabor pronunciado de creme leite, salgadinha e com as “fibras” características. O lote havia sido produzido na véspera. Tão bom que além de ser tira-gosto, merecia também ir para o prato.
Cheguei em casa e fiz o seguinte: piquei uns 12 tomates-cereja e misturei com um bom punhado de folhas de salsinha, inteiras. Temperei com azeite, pimenta branca de Penja moída, um tico de sal e outro de balsâmico. Por cima muito pinoli tostado e a muzzarela “nozinho” desfiada.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Pizza de frigideira
Não me lembro de onde copiei a receita...já faz tempo... acho que da Revista Gula. Toda vez que a preparamos por aqui é uma farra. Eu e o David gostamos de fazer a massa juntos. Enquanto ele lê a receita vou colocando tudo na tigela e misturando. Ele se encarrega de "sovar". E essa é uma das melhores partes do processo. Depois, arrumamos os ingredientes do recheio sobre a bancada. Abrimos a massa em discos e começamos a "brincar de pizzaria". É legal inventar coberturas diferentes, testar combinações doces e salgadas. O Lucas, por enquanto, se limita a assistir, dar palpites e comer. Sempre com a mão, que é mais gostoso!
São Paulo tem as melhores pizzarias do mundo. A nossa preferida é esta (o 4o. parágrafo do texto é sobre nós). Porém, em se tratando de diversão gourmet, nada se compara à bagunça que fazemos nos dias em que nos transformamos em "Pai-e-filhos-pizzaiolos". Bagunça que, aliás, cura qualquer tipo de arranhão.
Pizza de Frigideira
Ingredientes:
- 02 tabletes de fermento para pão (30g).
- 01 lata de cerveja tipo pilsen.
- cerca de 1/2kg de farinha de trigo.
- 3 colheres de sopa de azeite de oliva.
- 1 colher de sobremesa de sal.
-1 colher de sopa de açúcar.
- Para o recheio: molho de tomates (na pressa costumo usar o caldo dos "pomodori pelatti" em lata), muzzarella, orégano, manjericão, tomate, cebola...siga sua imaginação e recheie com o que gostar!
Modo de Preparo:
1. Dissolva o fermento em um pouco da cerveja e então acrescente o azeite, o sal, aos poucos, a farinha, dando o ponto da massa.
2. Sove por cerca de 5 minutos.
3. Deixe a massa descansando até dobrar de volume.
4. Numa superfície enfarinhada, abra a massa em círculos, de acordo com o tamanho da frigideira.
5. Aqueça a frigideira e então "frite" levemente a pizza de um lado. Vire e comece a montar o recheio: molho de tomates, muzzarella, etc.
6. Tampe a frigideira até que o queijo derreta e a massa esteja levemente torrada.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Tanta coisa...
Mal cheguei da Patagonia, passei 1 dia em S. Paulo e ca estou, postando de Moscow, num teclado em cirilico. Passei uns bons quinze minutos escrevendo estes 2 paragrafos (e onde e que esta o ponto de exclamacao?). A boa noticia e que esta e a ultima viagem do ano. Domingo estou de volta, pilotando meu fogao e botando o saca-rolhas para funcionar.
domingo, 23 de novembro de 2008
Antes que derreta...
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Beef Curry de meia tigela
Parece sacrilégio culinário, mas acho mesmo que os melhores restaurantes indianos estão na Inglaterra. O meu preferido é o "Bombay Brasserie" de Londres. Descobri-o por acaso, num dia em que resolvi pegar o metrô em Heathrow e descer em Gloucester Road para almoçar, perambular por South Kensingnton e matar 7 horas de conexão entre um vôo e outro. Vi a fachada relativamente modesta e entrei sem muita pretensão. Encontrei um ambiente bastante suntuoso, com serviço simpático e comida de execução bastante caprichada. Muito bons os pães: Naan e Poppadum fresquíssimos que vêm acompanhados de vários tipos de chutney. Voltei outras vezes e sempre que passo por lá peço algum prato "tandoori" style, que é uma das especialidades da casa.
Saudades do "Bombay Brasserie" e a reportagem do Estadão aguçaram minha vontade de algo bem apimentado. A intenção era fazer uma das receitas sugeridas pelo Paladar, mas a preguiça do feriado foi mais forte. Dei um pulo no supermercado mais próximo, comprei meia dúzia de coisas, e fiz este Beef Curry acompanhado de arroz basmati. Fajuto, porém rápido e prático.
Beef Curry de Meia Tigela
Ingredientes:
- 1 cebola grande cortada em cubos.
- 1 bom punhado de ervilhas-tortas.
- 1 colher de sopa de manteiga.
- 300g de filé mignon em cubos pequenos.
- 1/2 colher de sobremesa de Curry em pó (pode colocar mais se preferir um sabor mais forte).
- Sal a gosto.
- 2 colheres de sopa de iogurte integral.
- Pimenta vermelha picada, a gosto, se você estiver utilizando Curry em pó nacional e gostar de comida apimentada.
Modo de preparo:
1. Aqueça bem uma panela e coloque a manteiga. Quando a manteiga começar a "escurecer", acrescente os cubos de filé mignon. Espere até que estejam dourados e acrescente o sal e a cebola. Mexa bem.
2. Quando a cebola começar a ficar transparente (porém ainda firme), acrescente o Curry em pó e a pimenta vermelha (se for o caso). Mexa bem.
3. Acrescente as ervilhas tortas, misture e aguarde cerca de 1 a 2 minutos (as ervilhas devem ficar firmes e crocantes, apenas levemente cozidas).
4. Apague o fogo, acrescente o iogurte, misture e acerte o sal.
5. Sirva com arroz basmati.
sábado, 8 de novembro de 2008
Salsicha
Ao chegar...
Desta vez não foi diferente. Após foiegras, queijos e patos, eu queria mesmo era arroz. E feijão também. Fiz este risotto com que havia na despensa. Ficou melhor do que eu esperava. Acho que foi a saudade de casa.
sábado, 1 de novembro de 2008
Na mesa
Lucas: Pai, você almoçou muita coisa boa lá em Paris?
Eu: almoçar mesmo, filho, não deu muito tempo. Mas eu jantei nuns lugares legais.
Lucas: e o que você comeu?
Eu: Ah, muita coisa gostosa - ostra, pato, coelho...
cinco segundos de silêncio
Lucas, meio resignado: eu nuuunca vou comer coelho...
Eu: Por que, filho? É gostoso!
Lucas: Porque senão, quem vai dar ovo de chocolate prá mim ?!?
Abóboras
Acho que Câmara Cascudo tremeu no túmulo neste dia 31. Tanto folclore de valor no Brasil, tanta tradição, tanta riqueza cultural. E a gente resolve comemorar, cada vez em maior escala, uma festa americana sem identificação com nossos valores e história!?!? Coisa estranha ver a criançada fantasiada de personangens que nunca fizeram parte de nosso imaginário...vindo bater à sua porta falando: trick or treat? Ah, tenham dó!!!
Se é para copiar os USA, que seja no que é bom. Por que não festejar o 7 de setembro com o mesmo patriotismo e entusiasmo do 4 de julho? Ou então, aproveitar o Thanksgiving para juntar a família, exercer gratidão, refletir?
Nem tudo está perdido. Feliz, constato que nenhum dos blogs que indico aqui ao lado fez menção ao famigerado "Halloween".
Quanto à mim, prefiro minhas abóboras descascadas, picadas e cozidas num tacho, com muito açúcar, cravo e canela.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Em Paris, de novo.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Precoce?
Eu: filho, bom dia. Que saudades. Ontem, quando papai chegou do trabalho você já estava dormindo...alguma novidade?
David: Pai, eu vou formar uma banda com meus amigos!
Eu: Uma banda ?!?!
David: É. Uma banda de rock. O Pedro vai ser o chefe, eu vou ser o líder (?!), a Sofia e a Maria Luisa vão ser do grupo.
Eu: Hummm...legal...e você vai tocar o quê?
David: Batera, é claro!
Eu: Ah...e os outros, vão tocar o quê?
David: Ah, não sei, isso a gente ainda vai decidir...
Fiquei me perguntando quão precoces estão as crianças de hoje. Fui criado ouvindo música de concerto (uns chamam de música clássica, outros de música erudita) desde o berço. Mesmo assim, aos 6 anos não me passava pela cabeça tocar algum instrumento. Muito menos formar uma banda. Fui pensar em música lá pelos 9, 10 anos. E resolvi formar uma banda somente aos 12: um violão de 12 cordas (eu), uma guitarra (o Léo “Curió”) e uma infinidade de pseudo-baixistas-tecladistas-bateristas que foram e voltaram. Queríamos tocar Emerson Lake & Palmer, Pink Floyd e Genesis. Gostávamos também de 14 bis, Roupa Nova, O Terço, Azymuth. Depois resolvi levar o violino a sério, entrei em orquestras e fui músico profissional dos 15 aos 22 anos. Com carteirinha da “Ordem dos Músicos” e tudo. Mas o importante mesmo é que eu tive uma "banda" quando era moleque. Por mais capenga que ela soasse, era uma banda. Precocidades à parte, quem nunca tocou um instrumento, teve uma banda ou pelo menos sonhou em ter uma, não viveu a vida por inteiro.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Me explico:
Um pouco de paciência. Logo, logo esta fase passa...
domingo, 7 de setembro de 2008
Futura colheita
As abelhas passaram por aqui para dar uma forcinha. De modo que, se os passarinhos deixarem, vamos ter uma boa colheita.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Post rapidinho, receita idem.
Filés de St. Pierre com Legumes ao Açafrão e Cous-cous Aos Cítricos
Ingredientes – Filés de St. Pierre:
- 3 filés de St. Pierre.
- 1 cebola grande em rodelas.
- 1 cenoura grande em rodelas.
- 2 tomates italianos em rodelas.
- 1 punhado de ervilhas congeladas.
- 60ml de azeite de oliva.
- 1 pacote pequeno de açafrão moído, dissolvido em 1 ou 2 colheres de sopa de água.
- Limão à gosto.
- Sal à gosto.
- Pimenta do reino à gosto.
Modo de preparo:
1. Numa tigela, misture os legumes com o azeite de oliva e o açafrão diluído em água. Tempere com sal a gosto e passe os legumes para um refratário.
2. Sobre os legumes, acomode os filés de St. Pierre temperados com um tico de limão, sal e pimenta do reino.
3. Cubra o refratário com papel alumínio e leve ao forno aquecido a 220°C por 20 minutos. Sirva imediatamente.
Ingredientes – Couscous aos Cítricos:
- 1 copo de couscous
- 1 copo de água bem quente.
- raspas de limão a gosto
- raspas de laranja a gosto
- suco de limão a gosto.
- 1 colher de sopa de manteiga.
- Sal a gosto.
Modo de preparo:
1. Numa tigela coloque o couscous, a manteiga, as raspas de limão e laranja, o suco de limão e sal a gosto.
2. Despeje a água quente na tigela e misture com um garfo.
3. Aguarde cerca de 5 minutos, até que o couscous absorva a água quente e fique macio.
4. Misture novamente com o garfo para “soltar” os grãos de couscous e sirva imediatamente.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Belly Kamekichi
Não me lembro bem qual foi a minha pedida naquele almoço. Acho que um Ebi-fry Kaiseki. Mas não esqueço as sobremesas. Como estava entre colegas (e sem clientes) deixei a educação de lado e pedi 3 diferentes:
- Para começar, Yuzu Ice Cream. Ou melhor: Yuzu Aisso Crimo, que é como os japoneses pronunciam sorvete. Yuzu é um tipo de limão, que se encontra por lá e ficou prá lá de gostoso neste sorbet.
- Depois, Shinatama Zenzei. Bolinhos de doce de arroz (normal, não o mochi) em creme quente de feijão azuki. Delicioso, principalmente pela textura do doce de arroz e o sabor do feijão azuki, que lembra um pouco crème de marrons.
- Por último, Kozukiri, que não aparece na foto aí de baixo. Trata-se de uma gelatina de algas, quase sem sabor, mas de textura muito interessante, cortada à forma de um talharim e servida bem gelada, com calda de melado. Diferente. E gostoso.
Sem dúvida, o Belly Kamekichi vai deixar saudades. Em mim e nos colegas lá do escritório.
http://www.ginzasekitei.co.jp/
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
8a. Harmonização Virtual
Apesar do “forfait” do nosso convidado da noite – chovia muito em S. Paulo naquela 6ª. Feira – eu e a Gabi aproveitamos muito o jantar. Prato delicioso e vinho idem:
A receita sugerida:
foi a primeira vez que fiz um ragu de carne sem tomates (ragu de carne é redundância? Quem souber me avise.). Preparei o fundo de legumes na véspera e, no dia do jantar, cozinhei o ragu em fogo bem brando, por umas 3 horas. Foi tempo mais do que suficiente para que as cebolas desmanchassem por completo, tornando o molho muito cremoso. A canela deu um toque diferente e especial ao prato. Como não encontrei polenta bramata, utilizei semolina de milho.
Polenta com ragu de músculo (4 porções):
Ingredientes - Fundo de legumes:
- 200g de cenoura brunoise
- 200g de salsão brunoise
- 400g de cebola brunoise
- 2 dentes de alho esmagados
- 10 grãos de pimenta do reino
- 1 folha de louro
- talos de salsa
- 1L500ml de água
Cozinhe tudo em fogo baixo por 40 minutos à 1h. Amorne e coe, desprezando os legumes. Reserve o líquido.
Ingredientes - Ragu de músculo:
- 500g de músculo limpo em cubos grandes
- 2 cebolas roxas brunoise
- 2 dentes de alho picados
- ¼ tsp de canela em pó
- 50g de bacon brunoise (use a parte com mais carne e menos gordura)
- fundo de legumes (quanto baste) quente
- sal
- pimenta do reino
- óleo de milho ou girassol
Modo de Preparo – Ragu de Músculo:
Doure o bacon em óleo, doure a carne (em porções – reserve em um pote). Refogue a cebola e o alho no óleo residual da carne. Volte a carne à panela, acrescente algumas conchas de fundo de legumes quente. Tampe e cozinhe em fogo baixo por 2h30-3h30. Pode-se fazer em panela de pressão, mas a textura da carne não será a mesma (a pressão não amacia e sim arrebenta as fibras da carne). O seu tempo disponível definirá a sua cocção.
Na metade da cocção, una sal, pimenta do reino moída na hora e canela. Acrescente fundo quente conforme evaporar.
A carne deve ficar tenra e o caldo bem reduzido (como um molho).
Ingredientes - Polenta:
- 250g de polenta bramata
- 500g de fundo de legumes (vide receita)
- 500g de leite integral
- sal
- 50g de manteiga
Modo de Preparo - Polenta:
Leve tudo ao fogo, mexendo com fouet para não empelotar. Quando levantar fervura, abaixe o fogo e cozinhe, mexendo de vez em quando, por 30 minutos. Sirva imediatamente.
Montagem:
Disponha a polenta nos pratos e coloque o ragu por cima.
A bebida sugerida:
- Salton Desejo 2005. Merlot.
- Vinhos Salton S.A., Tuiuty, Bento Gonçalves, RS, Brasil.
Violáceo, muito intenso. Aromas de madeira, especiarias, chocolate-baunilha (ou melhor, manteiga de cacau), muitas frutas escuras. Elegante e bem resolvido na boca, corpo médio, frutado-tostado, acidez equilibrada e boa permanência. Delícia. R$ 63,00.
A Harmonização:
A combinação de ragu + carne é clássica. Temperar com canela para mim foi inovação. Muito acertada pois o tempero ressaltou os aromas de especiarias e, principalmente de “manteiga de cacau”/baunilha do vinho. Uma harmonização que funcionou muito bem, na minha opinião. O Salton Desejo 2008 foi uma excelente surpresa. Gostei mesmo. E confesso publicamente o preconceito (ou ignorância?) que tinha com relação a vinhos nacionais. Já havia provado alguns bastante corretos, mas nenhum que realmente me impressionasse. Ou que apresentasse uma boa relação custo x benefício. Este vinho quebrou paradigmas.
O Café:
Comprei o café indicado, mas já era bem tarde e resolvemos não tomar café naquela noite (Evitar café para que se possa dormir a noite toda: é aí que a gente vê que está ficando velho...). Prometo comentários ainda nesta semana.
Os Blogs que participaram:
Gourmandise, Le Vin Au Blog, Espressa-mente, Bons de Garfo e Enoteca
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Inspirado no Lola Bistrô
Rigatoni Com Abobrinha e Sálvia
Ingredientes (para 3 pessoas):
- 2 abobrinhas médias.
- 1 colher de sobremesa de manteiga.
- 1 ovo caipira.
- 250ml de creme de leite fresco.
- 125ml de leite integral.
- 50g de queijo parmesão ralado.
- 1 e ½ colher de sálvia picada.
- 360g de rigatoni grano duru.
- sal e pimenta do reino a gosto.
Modo de preparo:
1. Lave bem as abobrinhas. Retire o miolo e corte as partes restantes à julienne.
2. Numa panela grande, aqueça a manteiga e refogue a abobrinhas até que estejam macias, mas ainda firmes. Reserve.
3. Numa tigela, bata ligeiramente o ovo caipira, apenas para misturar clara e gema. Acrescente o creme de leite, o leite integral, a sálvia picada e o queijo ralado, misturando. Acerte o sal e a pimenta. Despeje na panela onde estão as abobrinhas (que deverá estar fria, ou, no máximo, morna).
4. Cozinhe o rogatoniem água salgada, conforme as instruções da embalagens.
5. Após cozido, escorra o rigatoni e despeje-o, bem quente, na panela onde estão as abobrinhas e o creme. Leve ao fogo baixo, misturando bem até que o creme comece a engrossar ligeiramente. Sirva imediatamente, acrescentando, se quiser, mais queijo ralado.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Mangá Lady
domingo, 3 de agosto de 2008
Esclarecendo
A agenda é apertada, muitas, longas reuniões. Sacrifico algumas refeições e tento dormir no avião. Me acostumei a só levar bagagem de mão. Seja para uma viagem de 3 dias ou uma de 1 mês. Só levo bagagem de mão. Havendo lavanderia no hotel, dá tudo certo. É mais prático, mais rápido e você evita o que chamo de “stress-da-espera-junto-à-esteira-de-bagagens-depois-de-12-horas-de-vôo”: tá demorando...será que minha mala extraviou...por que é sempre a última a chegar?
Não costumo fazer passeios turísticos, não costumo tirar fotos (a câmera e seu carregador ocupam espaço...). Como onde for mais prático – geralmente nos restaurantes de hotel, sempre iguais e sem graça. Resumindo, viagem de trabalho é para isto mesmo: trabalhar.
Mas há exceções. Às vezes sou forçado a ficar durante o fim-de-semana e consigo conhecer a cidade, ir a um museu, assistir a um concerto. Às vezes tomo um bom vinho e tenho um jantar agradável e diferente com clientes e colegas. Às vezes a vigem de negócios precisa ser um pouco mais cultural.
Foi o que aconteceu desta vez no Japão. Além de tratar de alguns projetos do nosso escritório de Tokyo, meu objetivo era dar um “banho de cultura” numa colega do Depto. de Pesquisa e Desenvolvimento que estava indo à Ásia pela primeira vez.
Visitamos lugares interessantes, fizemos um intensivo de comida japonesa (ela vai precisar desenvolver produtos para aquele mercado), conversamos com clientes, consumidores e tiramos muitas, muitas fotos.
Por isto a abundância de imagens e assuntos sobre Japão que virão nos próximos posts.
domingo, 27 de julho de 2008
Porque gosto daqui...
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Volto Já!
Até lá!
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Sobre risotto, novamente
Em se tratando de Funghi Porcini, penso, penso, e acabo optando sempre por Risotto. Minha receita é “de olho”. Nunca meço as quantidades, vou pela intuição. Importante mesmo é respeitar o processo e o utilizar os melhores ingredientes disponíveis. “Curtir” o preparo, apreciar as nuances do cozimento e os aromas que vão enchendo a cozinha à medida em que o prato vai ficando pronto é quase tão gostoso quanto comê-lo. Uma taça de bom vinho à mão também ajuda...Fazendo com prazer, não tem como errar. Principalmente se você leu o post abaixo e seu link.
Esta noite foi mais ou menos assim:
Risotto de Funghi Porcini (perdoem-me os que gostam de receitas detalhadas)
1. Cobrir os cogumelos com água morna para hidratá-los. Leva mais ou menos 1 hora.
2. Esquentar o caldo de galinha.
3. Refogar em cebola bem picadinha em uma boa quantidade de manteiga, até que esteja transparente.
4. Juntar o arroz (arbóreo ou carnaroli, é claro) e deixar que “absorva” a manteiga.
5. Regar com vinho branco seco, mexendo até evaporar.
6. Juntar o caldo fervente, aos poucos, até que o arroz esteja quase no ponto (al dente). Neste momento, juntar os funghi espremidos e um pouco da água em que ficaram de molho.
7. Mexer de vez em quando, até chegar no ponto (al dente, al onda).
8. Apagar o fogo, juntar mais uma colherada de manteiga, queijo parmiggiano ralado na hora e mexer bem. Desta vez juntei também uma colherada de creme de leite fresco que estava na geladeira.
9. Comer em silêncio e devoção profundos. Afinal, não é todo dia que Porcinni auntênticos estão disponíveis.
Em tempo: No começo eu disse que minha querida detestava qualquer tipo de fungos? Engano. Como em tudo na vida, neste caso também há uma exceção. Gabriela ama as trufas e os azeites aromatizados com elas. Mas obviamente não é isto que mantém um casamento de dez anos...
sábado, 19 de julho de 2008
Compêndio sobre risotto
terça-feira, 15 de julho de 2008
7a. Harmonização Virtual
Motivo da demora: penei para conseguir a cerveja que seria harmonizada com o papillote de frango – a La Trappe Trippel. Na verdade, quando estava quase desistindo, achei a La Trappe Dubbel na Varanda Frutas. Como esta não era exatamente a bebida indicada, consultei a Nina, que me deu carta branca para ir em frente. Tudo corria bem e eu planejava preparar o prato para o almoço do último domingo. Acontece que o distraído que lhes escreve concentrou-se tanto na procura da cerveja que esqueceu dos demais ingredientes. Convenhamos, comprar aspargos frescos às 14hs de um domingo não é muito fácil. Nada que uma passadinha em 2 ou 3 supermercados no dia seguinte não resolvesse.
Ingredientes à mão, copos e talheres a postos, eis abaixo a receita, seguida de minhas impressões:
Papillote de frango e aspargo (a foto acima é do papillote antes de ser fechado)
Ingredientes:
- 1 ½ colher de sopa de manteiga
Modo de Preparo:
1. Aqueça o forno à 200ºC.
domingo, 13 de julho de 2008
Ovos de Codorna à Provençal
Ruth me explicou que é muito simples. Em tese, a mesma forma de preparo dos escargots à provençal. Você pega aquela “travessinha” (ou seria tigelinha, bandejinha, escargotzeira? Sei lá...na dúvida, veja a foto) de servir escargots e coloca a manteiga temperada em cada “nicho”. Depois quebra em um ovo de codorna sobre cada montinho de manteiga. E leva ao forno até os ovos estarem cozidos e a manteiga borbulhando. Ela contou que gosta tanto que, quando vai ao Freddy, come uma porção como entrada e mais outra como prato principal.
É claro que a esta altura o bicho da curiosidade já havia me mordido. Fui atrás das tais “bandejinhas”, que acabei encontrando na Spicy. Caras, R$ 78.00 cada uma, mas muito charmosas. Sem encontrar detalhes de preparo na Internet, parti para a intuição, na hora de fazer a receita. Ruth tinha razão. É comida simples e chique – como, aliás, são a Ruth e a Flávia.
Ovos de Codorna à Provençal (porção individual)
Ingredientes:
- 6 ovos de codorna.
- 25g de manteiga.
- 1 colher de sopa de salsinha fresca bem picada e mais uma pitada para enfeitar.
- 1 dente de alho grande espremido.
- 1 boa pitada de sal.
- Baguette bem crocante para acompanhar.
Modo de Preparo:
1. Pré-aqueça o forno a 220°C.
2. Misture a manteiga com o alho, a salsinha e o sal.
3. Coloque cerca de 1 colher de chá de manteiga dentro de cada “nicho” da travessa para escargots.
4. Quebre um ovo em cada “nicho”, sobre a manteiga.
5. Leve ao forno por cerca de 5 a 10 minutos, até que as claras coagulem, os ovos cresçam um pouco e a manteiga comece a “vazar”.
6. Retire do forno, enfeite com uma pitada de salsinha picada e sirva imediatamente, acompanhado de fatias de baguette (é uma delícia mergulhar as fatias de baguette na manteiga derretida que sobra!).
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Hoje é o dia da pizza...
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Bagunça num colégio britânico
Gente importante à parte, costumo dizer que o maior legado do colégio para a humanidade foi, no amplo sentido da palavra, uma simples sobremesa conhecida como Eton Mess. A lenda diz que o doce foi inventado por um labrador. O cachorro resolveu chafurdar num pote de morangos com creme que a mãe de um dos alunos levava em uma cesta de piquenique durante um dia de visita aos internos. Estava criada uma das iguarias mais famosas da Inglaterra.
Facílima de fazer – basta misturar morangos maduros, creme batido e suspiros – a receita permite muitas variações. Apresento aqui a minha, que leva um tiquinho de licor e raspas de laranja. É um grande quebra galho nos momentos em que preciso de uma sobremesa rápida e descomplicada. Como não tenho um labrador, sou eu mesmo quem faz a mistura e mexe a tigela... usando uma colher, que fique bem claro.
Eton Mess – a minha versão
Ingredientes:
- 600g de morango picado grosseiramente em rodelas.
- 3 colheres de sopa de açúcar baunilhado.
- 80ml de licor Curaçao (pode-se usar Cointreau ou Mandarinetto – se preferir este último, use raspas de tangerina).
- Raspas da casca de meia laranja.
- 100g de suspiros.
- 250ml de creme de leite fresco, bem gelado.
Modo de preparo:
1. Numa tigela, misture os morangos, o licor, as raspas de laranja e 1 colher de açúcar baunilhado. Deixe marinar por pelo menos meia hora, mexendo de vez em quando. Reserve umas 2 colheres de sopa para enfeitar.
2. Bata o creme de leite com 2 colheres de açúcar baunilhado no ponto de Chantilly. Reserve na geladeira.
3. Esmague grosseiramente os suspiros. Reserve umas 2 colheres de sopa para enfeitar.
4. Pouco antes de servir, misture os morangos, o suspiro e o creme numa tigela. Finalize espalhando um pouco do morango picado e dos suspiros sobre a sobremesa.
sábado, 5 de julho de 2008
Aprendiz VIII - Ovo Pochê e Chardonnay
E a lista dos “simples-difíceis” é grande. Arroz solto, no ponto certo, e feijão com aquele gosto especial. Doce de abóbora igual ao da minha mãe. Um mero bife acebolado que não fique “sola”. Ovo pochê. Incrível! Nunca consegui fazer um ovo pochê decente. Já estava conformado com isto quando vi no Panelinha uma série de técnicas para prepará-lo. Tentei o método de Gordon Ramsey: girar a água fervente na panela com uma colher e colocar o ovo cru no centro do “redemoinho” formado pelo movimento. Pelo menos é uma técnica inteligente, pensei. Testei na primeira oportunidade. O resultado foram três ovos jogados no lixo e eu me perguntando qual seria a fórmula secreta.
A resposta veio neste post do La Cuccinetta. Já aproveitei muitas dicas e receitas ótimas no blog de Ana Elisa. Esta conta também com ilustrações muito charmosas do “processo produtivo”. Na primeira tentativa tive um problema: pus água demais na panela...mais um ovo caipira jogado fora! Da segunda vez, peguei uma panela menor e coloquei apenas 4 dedos de água. Outro cuidado que tomei foi quebrar o ovo o mais próximo possível da água. O resultado está na foto aí abaixo...
Trata-se da minha versão de Croque. Refoguei 1 talo de alho poro picado bem fino numa colher de sopa de manteiga. Quando começou a murchar, coloquei mais ou menos 4 colheres de sopa de vinho branco seco e 1 pitada de sal. Tampei a panela e abaixei o fogo deixando cozinhar devagarinho, até o vinho secar. Coloquei uma boa colherada do alho poró cozido na maior fatia de pão italiano que encontrei. Cobri com um punhado de queijo gruyére ralado e levei ao forninho elétrico para gratinar. Enquanto isto, fiz o ovo pochê na panela que já estava com a água fervente. Dourado o queijo, retirei a fatia do forninho e coloquei o ovo pochê por cima, servindo imediatamente com uma pitada de sal e pimenta do reino moída na hora.
Aprendi no “Vinho e Comida” de Joana Simon (Companhia das Letras) que ovo vai bem com Chardonnay. Testei com um “Andeluna Chardonnay 2006” e o resultado foi muito feliz. Mistério do ovo pochê revelado, só tenho a agradecer ao “La Cuccinetta” pelas dicas e ao Marcel por mais uma indicação correta de vinho.
- Andeluna Chardonnay 2006, branco.
- Andeluna cellars, Tupungato, Mendoza, Argentina.
Amarelo esverdeado, Aromas de abacaxi, baunilha, maçã. Bom corpo, “cremoso” na boca, o que combinou com a cremosidade do ovo. Mel, terra molhada e ervas. Boa permanência. Um vinho pra lá de legal. Importado por Grand Cru.
terça-feira, 1 de julho de 2008
Focaccia
Inicialmente testei a focaccia do “Chef sem Mistérios” de Jamie Oliver. Decepção. Um pão seco, pesado e com gosto de fermento. Nem o cachorro quis provar. O que me fez comprovar a teoria de que aqui em casa até o cachorro tem bom gosto. :))
Parti então para a adaptação de uma receita de Dan Lepard. Levou um tempão para preparar, mas o resultado foi compensador, principalmente pela textura da massa. Como ainda estou de castigo, troquei parte da farinha de trigo normal por farinha de trigo integral. Acrescentei também uns cubinhos de cenoura e alecrim para dar mais bossa. E a tal focaccia acabou sendo o nosso jantar de sábado, acompanhada por um Gouda Wyngaard maturado por 2 anos (Rypennayer V.O.S.P.) e os 125ml de vinho tinto a que minha dieta dá direito – um Tabalí Pinot Noir reserva 2006. Desta vez, não sobrou nem para o cachorro!
Focaccia Integral com Cenoura
(adaptado de uma receita de Dan Lepard)
Ingredientes para a esponja:
- 200g de água a 20°C.
- 150g de farinha de trigo.
- 7g de fermento bioloógico seco instantâneo.
Demais ingredientes para a Focaccia:
- 150g de água a 20°C.
- 15ml de azeite de oliva + o quanto baste para sovar a massa.
- 175g de farinha de trigo integral.
- 200g de farinha de trigo.
- 12g de sal.
- 2 cenouras médias descascadas e picadas em cubos bem pequenos.
- Alecrim fresco o quanto baste.
Modo de preparo – Esponja:
1. Numa tigela grande misture bem todos os ingredientes da esponja.
2. Cubra com um pano e deixe repousar por 1 hora. Após este período misture novamente e deixe repousar por mais 1 hora.
Modo de preparo – Focaccia:
1. Acrescente à esponja a água e o azeite. Misture bem.
2. Acrescente a farinha de trigo, a farinha integral e o sal. Misture com uma colher e deixe descansar por 10 minutos.
3. Esfregue um pouco de azeite nas mãos e na superfície de trabalho em que você sovará a massa.
4. Trabalhe a massa por cerca de 3 minutos. Deixe descansar 10 minutos. Repita esta operação mais duas vezes. Cubra a massa com um pano e deixe descansar por 40 minutos.
5. Após o período de descanso, sove a massa por 5 minutos. Acrescente os cubinhos de cenoura e sove mais um pouco para que se incorporem à massa de maneira uniforme.
6. Molde a focaccia em forma de retângulo, coloque numa forma untada com azeite e farinha de trigo integral. Deixe descansar por 30 minutos.
7. “Fure” várias partes da foccacia com os dedos. Pincele azeite na superfície da massa e jogue uma boa quantidade de alecrim fresco por cima.
8. Asse em forno pré-aquecido a 220°C por 15 minutos. Após este período, abaixe a temperatura para 200°C e asse por mais 15.
domingo, 29 de junho de 2008
Desafio da Focaccia
domingo, 22 de junho de 2008
Afinal, o que tem na caixa? Tâmaras árabes
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Chawan Mushi
Ontem teve festinha de comemoração no colégio das crianças. David e Lucas chegaram em casa com a cara cheia de talco e canto dos olhos pintados. Kodomos-nipo-tupinuiquins! Desde que começaram as aulas eles aprenderam um bocado de palavras novas, fizeram origami, cantaram músicas típicas, falaram da culinária. Estão agora montando um caderninho de receitas. Eu contribuí com o Chawan Mushi aí de baixo. Só para fugir um pouco do batido Yakissoba, que, aliás, é muito mais Chinês do que Japonês...
Chawan Mushi (receita adaptada do Chef José Wilson Soares, publicada na "Prazeres da Mesa" de abril de 2008)
Ingredientes para a massa:
quarta-feira, 18 de junho de 2008
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Salmão do Daniel
domingo, 8 de junho de 2008
Pergunta difícil
- Pai, a pizza portuguesa foi mesmo inventada em Portugal?
:))
sábado, 7 de junho de 2008
Radiola 4 - Dia dos namorados
Da mesma forma, não sou muito chegado aos compositores do Romantismo. Brahms, um pouco de Mahler, os concertos para violino da época, se, e somente se, tocados por intérpretes competentes. Talvez os quartetos para cordas de Schubert. É o que costumo ouvir daquele período. E olhe lá. Não desmereço os românticos com sua grande contribuição para a história da música de concerto. Apenas não gosto. Sou um cara mais Charles Ives, Hindemith, Janacék, Shostakovitch...Se é para relacionar música e amor, ouçamos então os impressionistas. E vivam Fauré, Debussy, Ravel e cia.! Ponto para os barrocos, que, pelo jeito, não eram tão preocupados com as coisas do coração.
Em se tratando de amor, prefiro expressar-me de forma mais sutil, inteligente e útil. Ficar com as crianças para ela poder sair com as amigas é prova de amor. Um cinema no meio da semana, uma receita especial, um cd bacana também. Por acaso comprei outro dia o ótimo "Songs for Distingué Lovers". Para quem gosta de comemoração, este se presta bem à trilha sonora do próximo dia 12. Por que é um CD legal? Primeiro, porque é Billie Holliday. Segundo, porque o repertório são "standards" muito bem escolhidos. Irmãos Gershwin, Porter...Por último, Billie está acompanhada por um time de primeira que toca arranjos muito bonitos e bem acabados. Se você quiser conquistar, é trilha sonora elegante e de bom gosto.
Taí minha contribuição para os leitores apaixonados. E chega. Que já estou com coceira de falar tanto sobre amor...
Songs for Distingué Lovers - Billie Hiliday
Maioria das faixas gravadas nos estúdios da Verve em janeiro de 1957
Verve Records
Foto da capa: Burt Goldblatt
segunda-feira, 2 de junho de 2008
domingo, 1 de junho de 2008
De castigo! II - Abaixo o preconceito!
Incoerências à parte, já faz tempo que a carne suína oferecida nos açougues supermercados tem procedência garantida. Quase não se cria mais aquele "porco-banha" de antigamente, que se alimentava de restos de comida e vivia na pocilga lá do sítio. Hoje o manejo é controlado. As condições sanitárias atendem a padrões internacionais (inclusive de bem-estar animal). Isto porque boa parte da produção brasileira de carne suína é exportada. Maiores detalhes sobre as exportações brasileiras podem ser encontrados aqui.
Filezinho Suíno "De Castigo"
Ingredientes:
- 1 peça de filezinho suíno de cerca de 650g.
- Vários ramos de Alecrim fresco.
- 8 dentes de alho bem graúdos, descascados.
- Limão.
- Sal grosso o quanto baste.
- Pimenta do reino, a gosto.
Modo de preparo:
1. Com uma faquinha pequena e afiada, faça oito furos verticais e eqüidistantes ao longo do filezinho. Enfie um dente de alho em cada furo.
2. Esfregue um pouco de suco de limão na peça. Em seguida tempere todo o filezinho com sal grosso (não exagerar) e pimenta do reino moída na hora, a gosto.
3. Usando 3 pedaços de barbante, amarre os ramos de alecrim ao longo de toda a peça de carne, conforme a fotografia abaixo. Corte as pontas de barbante que sobrarem.
4. Coloque a peça numa assadeira (não precisa untar). Asse em forno pré-aquecido a 280C por 30 minutos. Após este período abaixa a temperatura do forno para 200C e asse por mais 30 minutos.
5. Retire a peça do forno, deixe repousar na assadeira por 10 minutos e fatie.
Dica1 - Servi com um purê de cenoura que fiz assim: Cozinhei 4 cenouras bem maduras que depois foram batidas no liquidificador com cominho e gengibre em pó a gosto. Voltei a mistura para panela, acrescentando 1 colher de chá de mel, sal a gosto e um fio de azeite.
Dica2 - Minha personal-nutricionista-clínica de plantão liberou o vinho branco (só 125ml) neste jantar. Bebemos um Sauvignon Blanc que combinou bem, na minha opinião. Não sei se poderíamos ter optado por outra variedade de tinto...sugestões são bem vindas.
Vinho: Gran Hacienda Sauvignon Blanc 2007
-Viña Santa Rita S.A. - Valle de Lontue, Chile
- 100% Sauvignon Blanc.
Amarelo palha. Aroma de sementes de maracujá, cítricos. Ácido, seco, corpo médio com toques de ervas no final.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
De castigo!
Pois é, eu tenho em casa uma Nutricionista especializada, coincidentemente, em transplante de fígado e outras mazelas hepáticas. Acostumada a tratar casos complicadíssimos, Gabriela me condenou a uma "dieta braba". Dois meses de castigo: pouquíssimo carboidrato, nada de açúcar, nada de gordura saturada, nada de bebida. Muita fibra, um pouco de gordura monoinsaturada, mais exercício. Liberou, apenas para o sofrimento não ser total, 125ml de vinho por dia e 25g de chocolate - mas tem que ser aquele com 60% de cacau, no mínimo.
Tenho passado a arroz integral, aveia, mais frutas e nozes, além da salada e verduras de sempre. Não que eu não goste. Em posts antigos já disse que poderia ser vegetariano... Mas sinto falta, muita falta, das comidas proibidas: manteiga, pão francês, doces, queijos e vinhos.
Nas duas últimas semanas esta mudança de hábitos me desmotivou a cozinhar. Afinal, sou magro, mantenho o peso há anos, não costumo exagerar. Portanto, considero que fazer dieta forçado não é lá muito justo. Somente agora começo a tentar achar alternativas mais saborosas para minha dieta. Fazendo do limão uma limonada (note bem: sem açúcar!), de vez em quando vou postar por aqui as minhas experiências culinárias durante os 2 meses de castigo. A Gabi vai supervisionar. Assim garanto que não farei nenhuma extravagância.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Canivete Suíço II
Já tinha em mente um outro texto sobre uma paixão que compartilhamos: os cavalos. Aliás, foi através desses magníficos animais que iniciamos nossa amizade. Mas esta história eu conto em outra oportunidade.
Dicas e indicações dos amigos não faltaram, mas passarei adiante três que realmente valeram à pena do pouco que conhecemos.
De pronto adquirimos meia-dúzia seguindo nosso limitado conhecimento de aprendizes e aconselhados pela simpática senhora. Os vinhos foram entregues no hotel muito bem protegidos e embalados dentro de uma caixa de madeira que nem os relapsos funcionários dos dois aeroportos conseguiram destruir, apesar de várias tentativas.
No final da viagem quase a caminho do aeroporto demos uma rápida passada no caldeirão de la Bambonera para adquirir uma camisa oficial do Boca Juniors encomendada pelo meu filho Lucas. Ufa! Chegamos ao aeroporto em tempo de adquirir mais seis garrafas a preços módicos no Duty Free.
Café Tortoni - Avda. de Mayo, 852/9 - www.cafetortoni.com.ar
Cabaña Las Lilas - Alicia Moreau de Justo, 516 - Puerto Madero - www.laslilas.com.ar
Le choix des vins - Posadas, 1166 - www.lechoixdesvins.com
Marco Tirelli, 19 de maio de 2008
“Canivete Suíço” é um espaço que o AmuseBouche abre para qualquer tema, idéia ou assunto não relacionado ao tema principal do blog. Os amigos da blogsfera estão convidados a participar, enviando seus textos e idéias para rmo77@uol.com.br
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Acontece
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Radioclube
sábado, 17 de maio de 2008
Para a Fer do "Chucrute"
E apesar da temperatura, agora amena por aqui, resolvi fazer esta salada com o moyashi que sobrou do post abaixo. É bem refrescante e foi inventada quando eu tinha uns 15 anos, durante uma fase meio natureba de adolescente que quer ser músico. Espero que sirva para tornar o verão da Fernanda um pouco mais agradável. E viva a solidariedade na blogsfera! :))
Salada de Broto de Feijão e Hortelã
Ingredientes:
- 250g de brotos de feijão (moyashi).
- 1 tomate sem semente picado em lascas bem fininhas.
- Bastante hortelã fresca, picada em tirinhas (eu costumo cortar as folhas com a tesoura diretamente na tigela onde a salada vai ser preparada).
- Um pouco de coentro fresco picado.
- Molho de soja (Shoyu) a gosto.
- 2 colheres de sopa de azeite de oliva.
- Suco de limão a gosto (eu coloco bastante).
- 2 gotas (somente 2) de óleo de gergelim.
Modo de Preparo:
1. No recipiente que irá a mesa, misture o moyashi, o tomate picado, a hortelã e o coentro. Leve a geladeira por uns 30 minutos ou até que esteja gelado.
2. Apenas na hora de servir, misture os demais ingredientes: shoyu, azeite, suco de limão e óleo de gergelim.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Outra vez!
A receita, bem inusitada, estava esquecida no meu caderno há pelo menos uns 4 anos. Na época, era a sopinha da moda num restaurante descolado aqui de São Paulo (já não me lembro se foi o Ritz ou o Spot).
Para incrementar, coloquei um punhado de broto de feijão (moyashi) cru. Conferiu ao prato crocância e bom contraste com a cremosidade.
A quantidade de curry depende da qualidade do produto que você utilizar. Costumo usar um bastante picante (da marca “Earthen Pot”), com muito aroma de cardamomo e feno grego, que trago de Cingapura. O que se produz no Brasil é suave, quase sem graça, tem cúrcuma demais. Se optar por curry brasileiro, talvez você precise acrescentar mais pimenta cayenne e uma pitadinha de canela+noz moscada. Varie a quantidade de Limão de acordo com o seu gosto e bom apetite!
Sopa de Banana com Curry
Ingredientes:
- ½ cebola picada.
- 1 colher de sopa de manteiga.
- Cerca de 1 colher de sobremesa de curry.
- 5 bananas prata descascadas e picadas e rodelas.
- 1 batata média cozida e picada.
- 1 litro de caldo de galinha.
- 150ml de creme de leite.
- Suco de limão, a gosto (uso ½ limão).
- Sal a gosto.
- Moyashi, o quanto baste.
Modo de preparo:
1. Numa panela, refogue a cebola na manteiga. Quando estiver transparente, acrescente a banana, o curry, a batata cozida e o suco de limão.
2. Mexa bem e acrescente o caldo de frango. Quando ferver, abaixe o fogo, tampe a panela e cozinhe por cerca de 15 minutos. Após este período, apague o fogo e deixe esfriar um pouco.
3. Bata o conteúdo da panela no liquidificador.
4. Volte o conteúdo à panela, acrescente o creme de leite, acerte o sal e aqueça bem a sopa, sem deixar ferver.
5. Coloque um pequeno punhado de moyashi cru e cada prato, despeje a sopa bem quente por cima e sirva imediatamente.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Piadinha
"Certa vez tive de responder a uma questão de Geografia no colégio. Naquele tempo a pior coisa do mundo era ser chamado a responder qualquer coisa no colégio. De pé, na frente dos outros e -- o pior de tudo -- em voz alta. Depois descobri que existem coisas piores, como a miséria, a morte e a comida inglesa."
terça-feira, 6 de maio de 2008
Books for Cooks
A sopa abaixo (com algumas adaptações, entre parênteses) saiu de uma das coletâneas: “Books for Cooks – Favourite Recipes from books 4, 5 & 6”. O livro é simples, sem fotos, mas com instruções precisas e idéias bem originais. Contém dicas, sugestões de menu, tabelas de conversão. E o mais importante: receitas que funcionam. Bom para aqueles dias em que se está sem inspiração.
Tomato, Lentil and Orange Soup
Adaptado de “Books For Cooks – Favourite Recipes from books 4, 5 & 6
Pryor Publications
ISBN 1-905253-06-0
Ingredientes:
- 2 laranjas bem lavadas e escovadas.
- 60g de manteiga.
- 1 cebola picada.
- 4 dentes de alho picados.
- 1 pitada de flocos de pimenta vermelha (pimenta calabresa).
- 400g de tomates italianos picados (usei uma lata de tomate pelado com 425g).
- 60g de lentilhas vermelhas (usei 250g de lentilhas marrons para aproveitar o pacote já aberto...)
- 300ml de caldo de galinha ou legumes (usei um litro de caldo de galinha, para compensar a quantidade a maior de lentilhas).
- Sal e pimenta a gosto.
- Salsinha ou hortelã fresca para enfeitar (usei manjericão).
Modo de Preparo:
1. Raspe as cascas das duas laranjas e reserve. Esprema o suco das duas laranjas e reserve.
2. Numa panela grande, refogue a cebola na manteiga, até ficar macia.
3. Acrescente o alho, os flocos de pimenta e as cascas de laranja, misturando bem e refogando por 1 minuto.
4. Acrescente os tomates, a lentilha e o suco de laranja. Misture. Quando levantar fervura, acrescente o caldo de galinha ou legumes e cozinhe por cerca de 30 minutos, até que as lentilhas estejam macias.
5. Passe a sopa pelo liquidificador e, logo após, pela peneira, voltando para a panela.
6. Aqueça bem e acerte o sal e a pimenta do reino.
sábado, 3 de maio de 2008
Canivete Suíço
Por causa disso, há sete anos, aposentei meu canivete suíço. Ia comigo para todo lugar, preso ao chaveiro. Consertou mala quebrada, desencapou fios, abriu pacotes e aparafusou muito cabo de panela frouxo. Descascou fruta, abriu lata e sacou rolha. Esculpiu as iniciais da namorada junto às minhas. Tê-lo comigo dava uma espécie de segurança: em se acabando o mundo, ali estava minha ferramenta de sobrevivência. Bin Laden acabou com isto.
Descobri então quão paradoxal é um canivete suíço. Tão multifuncional e, ao mesmo tempo, tão limitado. Útil em certas funções e ocasiões, inútil em outras (você abriria um vinho raro com o saca-rolhas de um canivete suíço?). Como usar aquele apetrecho em forma de gancho? Ou aquela lâmina pontiaguda com um furinho no meio? Pra que serve? Serve pra tudo; não serve pra nada. Sobrevivi sem ele...
Mesmo esquecido no fundo da gaveta (aposentadoria precoce imposta pelo terrorista), guardo com carinho o paradoxo de 1001 (in)utilidades que está comigo desde a adolescência. Seu destino já é certo: será herdado pelo David. Passará de pai pra filho. Como o relógio que um dia terei, também suíço.
“Canivete Suíço” é um espaço que o AmuseBouche abre para qualquer tema, idéia ou assunto não relacionado ao tema principal do blog. Os amigos da blogsfera estão convidados a participar, enviando seus textos e idéias para rmo77@uol.com.br
sábado, 26 de abril de 2008
Aprendiz VII - Vinhos Chilenos
A grande surpresa, na minha opinião, foi o branco Floresta Chardonnay 2002. Isto mesmo: um vinho branco, chileno, de 2002, chegando a 2008 pleno, complexo e delicioso. Comprei uma das 2 últimas garrafas do estoque. Estou pensando agora em que prato preparar para degustar com esta preciosidade. Sugestões, como sempre, são bem-vindas.
Especial também o Medalla Real Corte 2005, elegante, “cheio de pimentão e páprica”, muito caprichado.
Minhas anotações desta noite à prova de eno-chatos:
Degustação de Vinhos Chilenos – Grand Cru Granja Vianna – 24.Abr.2008
1) Floresta Chardonnay 2002, Branco
- Viña Santa Rita – Valle do Maipo, Chile.
- Chardonnnay.
8 meses em barril de carvalho. Amarelo dourado, esverdeado. Aroma de abacaxi em calda, doces, resina, maçã vermelha, leve tostado. Boca: tostado, ácido, vegetal (aveia?), damasco, no final. Boa permanência, bom corpo.
2) Kankura Syrah Fleur Rouge 2006, Tinto
- Kankura S.A. – Valle de Colchagua, Chile.
- Syrah
Um vinho que não passa por madeira. 14,5°. Cor rubi-violeta. Aroma de especiarias, goiaba, pimenta, cereja e tostado (apesar de não passar por madeira! Nos perguntamos se o vinho não teria sido “chipado”. Na boca, especiarias e cereja. Ácido. Corpo e persistência médios.
3) Tabalí Reserva Merlot 2006, Tinto
- Viña Tabalí – Valle de Limarí, Chile
- Merlot
Cor densa, escura. Aroma de baunilha, madeira, cravo e canela. Na boca ameixa preta, especiarias, amora, tostado. Taninos e acidez equilibrados. Boa persistência.
4) Medalla Real Corte 2005, Tinto
- Viña Santa Rita – Valle do Maipo, Chile
- 70% Cabernet Sauvignon / 30% Carménère
No início, aroma intenso de pimentão / páprica, especiarias, couro. Menta no final. Na boca: especiarias, pimentão, grama, fruta vermelha. Taninos finos, corpo médio, equilibrado, persistência média. Um vinho caprichado, muito gostoso.