quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Em Paris, de novo.

Pretensão! Paris coisa nenhuma. Estou mesmo é num hotel em Roissypôle, grudado no Charles de Gaulle (dá prá ver a pista da janela do quarto). Pelo menos é perto do Parc des Expositions, onde acontecerá o Salon International D'Alimentation. SIAL 2008, para os íntimos como eu, que já participei desta feira umas 7 vezes.

Depois de tanto tempo não existem muitas novidades. Sempre as mesmas pessoas, os mesmos stands, os mesmos papos. Muita coisa perde a graça. Fico mesmo é torcendo para a função acabar logo.

Mas uma coisa esta feira tem de legal: o setor de tendências e inovação. Muita informação técnica sobre o que está sendo consumido, o que vai "virar moda" nos próximos anos e a evolução dos diferentes padrões de consumo de alimentos em cada um dos cinco continentes. Hoje, depois de acompanhar a montagem de nosso stand, dei uma passada por lá. Tudo ainda vazio, sem os produtos. Se aparecer coisa interessante, prometo postar.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Precoce?

Papo com o David hoje de manhã:

Eu: filho, bom dia. Que saudades. Ontem, quando papai chegou do trabalho você já estava dormindo...alguma novidade?
David: Pai, eu vou formar uma banda com meus amigos!
Eu: Uma banda ?!?!
David: É. Uma banda de rock. O Pedro vai ser o chefe, eu vou ser o líder (?!), a Sofia e a Maria Luisa vão ser do grupo.
Eu: Hummm...legal...e você vai tocar o quê?
David: Batera, é claro!
Eu: Ah...e os outros, vão tocar o quê?
David: Ah, não sei, isso a gente ainda vai decidir...

Fiquei me perguntando quão precoces estão as crianças de hoje. Fui criado ouvindo música de concerto (uns chamam de música clássica, outros de música erudita) desde o berço. Mesmo assim, aos 6 anos não me passava pela cabeça tocar algum instrumento. Muito menos formar uma banda. Fui pensar em música lá pelos 9, 10 anos. E resolvi formar uma banda somente aos 12: um violão de 12 cordas (eu), uma guitarra (o Léo “Curió”) e uma infinidade de pseudo-baixistas-tecladistas-bateristas que foram e voltaram. Queríamos tocar Emerson Lake & Palmer, Pink Floyd e Genesis. Gostávamos também de 14 bis, Roupa Nova, O Terço, Azymuth. Depois resolvi levar o violino a sério, entrei em orquestras e fui músico profissional dos 15 aos 22 anos. Com carteirinha da “Ordem dos Músicos” e tudo. Mas o importante mesmo é que eu tive uma "banda" quando era moleque. Por mais capenga que ela soasse, era uma banda. Precocidades à parte, quem nunca tocou um instrumento, teve uma banda ou pelo menos sonhou em ter uma, não viveu a vida por inteiro.