
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Roubando

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
De repente..ostras!

terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Natureba I

Não vou ficar fazendo apologia ao vegetarianismo. Também não tenho pena dos porquinhos, pintinhos e vaquinhas que morrem para alimentar os carnívoros. O Green Peace que me perdoe... Adoro açúcar refinado, foiegras, rabada e a maioria das comidas "pecaminosas" que se pode imaginar (não confunda com junk food, que eu detesto, ok?). Acho que comida vegetariana não é uma forma de penitência, purificação ou "evolução espiritual". Você não precisa sofrer. Ela pode ser deliciosa. Como qualquer outro tipo de comida, basta fazer bem feito e com os ingredientes certos. Azeite de oliva extra-virgem, manteiga (sim, manteiga!) de primeira para refogar, temperos variados, ovo caipira...as possibilidades da cozinha "ovo-lacto-vegetariana" são muitas e gostosas.
Agora, o maior erro que qualquer cozinheiro pode cometer é querer imitar com vegetais os pratos tradicionais que levam carne. E isto parece que virou moda. Já vi salsicha de soja, hambúrguer de arroz e até feijoada vegetariana (gororoba)! Cozinha vegetariana, definitivamente, não tem vocação para a imitação. Você imagina a quantidade de aditivos e saborizantes necessários para se fazer uma "almôndega de proteína vegetal texturizada" que seja pelo menos palatável? Ainda assim, estes produtos estão no mercado. E muita gente compra e paga caro com a expectativa de achar no produto "natureba" o mesmo sabor e textura do produto tradicional. O resultado é um consumidor frustrado, que acaba torcendo o nariz para tudo o que é vegetariano.
Quando eu comecei a trabalhar - faz uns 18 anos - ganhava tão pouco, mas tão pouco que era obrigado a vender o ticket refeição para fazer um dinherinho extra. A única opção para um almoço completo, bom e barato era o restaurante vegetariano do prédio da ABI, no centro do Rio. Chamava-se Pitcairn, me lembro até hoje. Era self-service com várias opções de pratos quentes, e como não poderia deixar de ser, muitas saladas. Público cativo: executivos em começo de carreira, ripongas, gatinhas-geração-saúde e intelectuais. No fim das contas, comer lá de 2a. a 6a. foi muito divertido. Conheci gente interessante, passei a me sentir melhor, mais leve e sem aquela "lombeira" de depois do almoço, que os médicos chamam de letargia pós-prandial. Vem daquela época minha simpatia por comida vegetariana.
Então, resolvi tomar minha primeira Resolução de ano novo-2008: vou procurar jantar mais comida vegetariana. E ensinar as crianças a gostar mais de legumes, verduras e saladas.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Malabie
Semana passada, tivemos uma reunião na Young que deveria ser seguida de almoço de fim-de-ano (no Charlô...). Deveria. Porque o tempo foi curto e o almoço ficou pro ano que vem. Acabamos pedindo comida árabe e comendo no escritório mesmo. Notei a alegria da Sílvia a cada colherada da sobremesa: um potão de Malabie. E, como o espírito natalino nos invade nesta época do ano, blá, blá, blá, prometi que ia lhe mandar a receita. Via blog, é claro, que eu preciso movimentar mais minha homepage.
Este “flan” árabe é, para mim, a versão oriental do nosso “Manjar Branco”. Mudam ingredientes e texturas, mas o princípio é o mesmo: leite adoçado, aromatizado e engrossado com amido. Falando assim, parece complicado, mas o preparo é bem simples.
Foi por causa da Gabriela, que adora o Malabie do Almanara, que fucei a internet atrás da melhor receita e fiz as adaptações necessárias.
Sempre digo que comer Malabie me faz voltar no tempo. Não sei o porquê. Não tenho árabe na família (meu narigão vem de Portugal). Talvez o creminho lembre aquele mingau de maisena que a mãe preparava com um monte de amor, quando a gente estava de cama. Malabie é o tipo de sobremesa que leva e traz carinho. De mãe para filho, de amigo para amigo. E, me desculpem o pieguismo (afinal, todo mundo tem o direito de ser piegas no natal...), vai aqui o abraço para todo o time da Y&R, que nos apoiou muito este ano.
Dicas para a Sílvia:
Dica1: Sílvia, a “água de flor de laranjeira” você vai encontrar na gôndola de importados de bons supermercados ou então nas casas de produtos árabes, ok?
Dica2: não abra mão de usar leite integral. A marca você já sabe qual é.
Ingredientes do Creme
1 litro de leite integral
4 colheres de sopa de maisena
4 colheres de sopa de açúcar
6 colheres de sopa de água de flor de laranjeira.
Modo de preparo:
1 – Dissolva a maisena em um copo e meio de leite.
2- Em uma panela, misture a maisena dissolvida, o leite e o açúcar.
3 - Leve ao fogo brando por 10 a 15 minutos aproximadamente, mexendo até engrossar.
4 – retire do fogo e acrescente a água de flor de laranjeira, misturando-a ao creme.
5 – coloque e taças individuais e leve a geladeira.
6 – sirva bem gelado com 1 ou 2 colheradas de calda de damasco sobre cada taça.
Ingredientes da Calda:
1 xícara de chá de damascos secos, picados grosseiramente.
1 litro de água
½ xícara de açúcar.
Modo de preparo:
1 - Deixe os damascos de molho em uma tigela com a água por aproximadamente 8 horas.
2 – Coloque o conteúdo em uma panela. Acrescente o açúcar. Cozinhe em fogo baixo por aproximadamente 30 minutos.
3 – Bata no liquidificador.
4 – Deixe esfriar e leve à geladeira.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Aglio & Olio

No vôo de volta, resisti à tentação de pedir o prato de massa. Só um louco pede massa em avião. O risco de vir super-cozida (“desmanchando” é a palavra certa) e nadando num molho gorduroso é altíssimo. Ao invés disto, para saciar minha crise de abstinência de comida italiana, fui bolando esta variação do tradicional “aglio & olio”, que preparei no dia da chegada mesmo, para o jantar. Acompanhado pela minha Gabi e um tinto deu bastante certo. Acho que esta versão também pode ser servida como acompanhamento para assados leves (frango, por exemplo, desde que o tempero não seja muito complexo).
Dica1: óbvia – escolha os melhores ingredientes que encontrar.
Dica2: se, após misturar os ingredientes, perceber que a pasta ficou muito seca, acrescente 1 ou duas colheres de sopa da água em que ferveu o macarrão.
Dica3: Apenas doure o alho no óleo. Faça isto em fogo baixo e acompanhe esta etapa o tempo todo. Não deixe o alho queimar ou o prato ficará amargo.
Dica4: Após lavada, enxugue bem a salsa. Com ela bem seca, você consegue picar melhor.
Ingredientes para 2 pessoas:
- aproximadamente 300g (ou um pouco mais que meio pacote de 500g) de spaghetti de grano duro, de primeira qualidade – escolha uma marca italiana. Não esqueça que este é o ingrediente principal...
- 15 tomates cereja cortados em 4.
- 3 dentes de alho picados (ou passados pelo espremedor de alho, se você preferir).
- 3 colheres de sopa de salsinha fresca picada milimetricamente.
- 4 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem.
- sal a gosto.
- 1 pitada de pimenta calabresa.
- Queijo parmesão, ralado na hora, a gosto.
Modo de Preparo:
Cozinhe o macarrão, al dente. Enquanto isso, em outra panela, grande, doure o alho no azeite. Reserve. Assim que o macarrão estiver cozido, escorra-o e acrescente à panela com o alho dourado. Misture. Acrescente os tomates cereja e a salsinha. Misture e acerte o sal. Sirva com uma pitada de pimenta calabresa e parmesão ralado.