domingo, 29 de junho de 2008

Desafio da Focaccia

Vou participar deste "Desafio da Focaccia" que o Sabor está promovendo. A receita vem no dia 30.

domingo, 22 de junho de 2008

Afinal, o que tem na caixa? Tâmaras árabes

Recheadas com amêndoas torradas, gergelim, nozes. Têm sabor, aroma e textura incomparáveis (...esta pareceu texto de comercial antigo!). Só provando para perceber como são diferentes das que encontramos aqui no Brasil.

Foram presente de um antigo cliente nosso da Arábia Saudita que esteve aqui semana passada.


As da foto acima, além de recheadas, são cobertas em parte com pétalas de flor. Coisa especial.

Além disso, a caixa de madeira pode virar porta retrato.

É fácil comprar estas iguarias. Basta dar um pulinho lá em Jeddah e passar na "Dactyliferá", loja especializada em tâmaras, chocolate e doces árabes. Ou então ligar para 9200 08182 (desculpem não resisti, à ironia...).

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Chawan Mushi

O AmuseBouche não poderia ficar de fora. Todos estão falando dos 100 anos da imigração japonesa. E aí é difícil não chover no molhado. Costumo ir ao Japão pelo menos 1 vez por ano. Gosto muito de lá. Sou fã. Um senso de respeito absoluto. Limpeza, organização e educação. Simpatia. E a comida? Bem diferente do conceito brasileiro de culinária japonesa. Aqui foi tudo meio adaptado, principalmente pela falta de ingredientes. Lá, bons restaurantes fabricam seu próprio shoyu. O gohan é muito mais saboroso, principalmente no começo do ano, logo após a colheita (shin-ma gohan). Ramen, shabu-shabu e manjus...é muita coisa gostosa e de qualidade. Não dá pra comparar.

Ontem teve festinha de comemoração no colégio das crianças. David e Lucas chegaram em casa com a cara cheia de talco e canto dos olhos pintados. Kodomos-nipo-tupinuiquins! Desde que começaram as aulas eles aprenderam um bocado de palavras novas, fizeram origami, cantaram músicas típicas, falaram da culinária. Estão agora montando um caderninho de receitas. Eu contribuí com o Chawan Mushi aí de baixo. Só para fugir um pouco do batido Yakissoba, que, aliás, é muito mais Chinês do que Japonês...

Chawan Mushi (receita adaptada do Chef José Wilson Soares, publicada na "Prazeres da Mesa" de abril de 2008)

Ingredientes para a massa:

- 3 ovos caipiras.
- 8 cogumelos shitake, sem o talo. (desta vez usei champignons frescos laminados - era o que eu tinha em casa).
- 16 folhas de espinafre.
Ingredientes para o caldo:

- 3 xícaras de chá de água.
- 1/2 colher de chá de sal.
- 1 colher de chá de shoyu.
- 1 colher de chá de sakê.
- 1 pacote de hondashi.

Modo de preparo - caldo:

1. Leve ao fogo os ingredientes até que o hondashi e o sal dissolvam. Deixe esfriar.
Modo de preparo - massa:

1. Lave as folhas de espinafre e enxugue bem. Faça um corte em "X", de leve, na parte externa de cada shitake.
2. Num recipiente, misture bem os ovos, mas sem bater para não formar espuma.
3. Adicione os ovos ao caldo, já frio. Passe por uma peneira.
4. Divida o shitake e o espinafre em quatro partes iguais. Coloque cada parte em uma xícara, tigela resistente ao calor, ou melhor ainda, o recipiente de louça japonês apropriado. Vende na Liberdade. Eu utilizei copos de louça para chá verde.
5. Coloque com cuidado, em cada tigela, a mistura de ovos.
6. Encha uma panela grande com 3 dedos de água. Coloque as quatro tigelas. Acenda o fogo. Quando ferver, abaixe o fogo e coloque a tampa da panela, que deve estar embrulhada num pano de prato para evitar que gotas de vapor caiam nas tigelas.
7. Cozinhe por cerca de 10 a 15 minutos, ou até que se enfie um palito no chawan e não saia líquido pelo orifício.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Salmão do Daniel

Jantamos na 2ª. feira com a Teresa e o Daniel. Comentei com eles que não gosto de salmão. Acho muito gorduroso, enjoativo até. Além disso, não agüento mais ver o peixe por aí. É salmão chileno de cativeiro em tudo quanto é restaurante por quilo, bufê e rodízio de sushi.

Daniel não se conformou. Disse que sua sua "receita secreta" era ótima. Me faria mudar de idéia. Revelou-me a fórmula quando prometi que experimentaria ainda esta semana.

Veredito: A Gabi adorou, eu gostei. Receita aprovada. É uma boa saída para estes meses de dieta. Note bem - Isto não quer dizer que eu vá comer o infame salmão com molho de maracujá, onipresente em recepções, casamentos e jantares corporativos...

Salmão Assado do Daniel

Ingredientes:

- 1 filé de salmão com pele.
- 4 dentes de alho descascados e espremidos.
- 4 colheres de sopa de azeite extra virgem.
- 1 colher de sopa de manjerona seca.
- Sal grosso o quanto baste.

Modo de preparo:

1. Corte o salmão em fatias de aproximadamente 2 dedos de espessura. Acomode estas fatias numa assadeira, com a pele virada para baixo.
2. Misture o azeite, o alho e a manjerona. Pincele sobre as fatias de salmão.
3 Salpique sal grosso a gosto.
4. Asse em forno pré-aquecido a 220°C por cerca de 30 minutos.
PS.: servi com cevadinha cozida misturada com cenoura e ervilhas.

domingo, 8 de junho de 2008

Pergunta difícil

David, ontem à noite na pizzaria:

- Pai, a pizza portuguesa foi mesmo inventada em Portugal?

:))

sábado, 7 de junho de 2008

Radiola 4 - Dia dos namorados

Pobre Gabriela. Se existe alguém que não é nada romântico, este sou eu. Quando se fala em dia dos namorados, por exemplo, me vem à cabeça a comemoração piegas, forçada, quase artificial. Não tem nada a ver comigo. Não sou de mandar flores, fazer supresas ou esconder bilhetinhos açucarados. Não apareço em casa com caixa de bombons, não fico fazendo declarações. Quando muito, me esforço para lembrar do aniversário de casamento e tento caprichar no presente.

Da mesma forma, não sou muito chegado aos compositores do Romantismo. Brahms, um pouco de Mahler, os concertos para violino da época, se, e somente se, tocados por intérpretes competentes. Talvez os quartetos para cordas de Schubert. É o que costumo ouvir daquele período. E olhe lá. Não desmereço os românticos com sua grande contribuição para a história da música de concerto. Apenas não gosto. Sou um cara mais Charles Ives, Hindemith, Janacék, Shostakovitch...Se é para relacionar música e amor, ouçamos então os impressionistas. E vivam Fauré, Debussy, Ravel e cia.! Ponto para os barrocos, que, pelo jeito, não eram tão preocupados com as coisas do coração.

Em se tratando de amor, prefiro expressar-me de forma mais sutil, inteligente e útil. Ficar com as crianças para ela poder sair com as amigas é prova de amor. Um cinema no meio da semana, uma receita especial, um cd bacana também. Por acaso comprei outro dia o ótimo "Songs for Distingué Lovers". Para quem gosta de comemoração, este se presta bem à trilha sonora do próximo dia 12. Por que é um CD legal? Primeiro, porque é Billie Holliday. Segundo, porque o repertório são "standards" muito bem escolhidos. Irmãos Gershwin, Porter...Por último, Billie está acompanhada por um time de primeira que toca arranjos muito bonitos e bem acabados. Se você quiser conquistar, é trilha sonora elegante e de bom gosto.

Taí minha contribuição para os leitores apaixonados. E chega. Que já estou com coceira de falar tanto sobre amor...

Songs for Distingué Lovers - Billie Hiliday
Maioria das faixas gravadas nos estúdios da Verve em janeiro de 1957
Verve Records
Foto da capa: Burt Goldblatt

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Volto Já...

Um pulinho na Europa, depois Arábia Saudita e Emirados. Voltamos no dia 11.
Até lá!

domingo, 1 de junho de 2008

De castigo! II - Abaixo o preconceito!

É impressionante como ainda existe preconceito contra carne de porco. Tenho um amigo que não come de jeito nenhum. E não é por questões religiosas (neste caso, todo o meu repeito a Judeus e Muçulmanos). Ele diz que é uma carne pesada, indigesta, que faz mal e é suja. Em compensação, fuma 2 maços e meio por dia...

Incoerências à parte, já faz tempo que a carne suína oferecida nos açougues supermercados tem procedência garantida. Quase não se cria mais aquele "porco-banha" de antigamente, que se alimentava de restos de comida e vivia na pocilga lá do sítio. Hoje o manejo é controlado. As condições sanitárias atendem a padrões internacionais (inclusive de bem-estar animal). Isto porque boa parte da produção brasileira de carne suína é exportada. Maiores detalhes sobre as exportações brasileiras podem ser encontrados aqui.

Na última 5a. feira marquei minha volta à cozinha com um filezinho suíno assado. Nada mais light. É um corte muito magro e extremamente macio. Mais suculento que o lombinho de porco que nós, aqui no Brazil, teimamos em servir bem esturricado (resquícios da época em que a carne tinha de ser ultra-cozida para "matar" quaisquer tipos de vermes). Vendo as fotos e a receita, você vai perceber que o período de dieta até que não está assim tão mal...

Filezinho Suíno "De Castigo"

Ingredientes:

- 1 peça de filezinho suíno de cerca de 650g.
- Vários ramos de Alecrim fresco.
- 8 dentes de alho bem graúdos, descascados.
- Limão.
- Sal grosso o quanto baste.
- Pimenta do reino, a gosto.

Modo de preparo:

1. Com uma faquinha pequena e afiada, faça oito furos verticais e eqüidistantes ao longo do filezinho. Enfie um dente de alho em cada furo.
2. Esfregue um pouco de suco de limão na peça. Em seguida tempere todo o filezinho com sal grosso (não exagerar) e pimenta do reino moída na hora, a gosto.
3. Usando 3 pedaços de barbante, amarre os ramos de alecrim ao longo de toda a peça de carne, conforme a fotografia abaixo. Corte as pontas de barbante que sobrarem.
4. Coloque a peça numa assadeira (não precisa untar). Asse em forno pré-aquecido a 280C por 30 minutos. Após este período abaixa a temperatura do forno para 200C e asse por mais 30 minutos.
5. Retire a peça do forno, deixe repousar na assadeira por 10 minutos e fatie.


Dica1 - Servi com um purê de cenoura que fiz assim: Cozinhei 4 cenouras bem maduras que depois foram batidas no liquidificador com cominho e gengibre em pó a gosto. Voltei a mistura para panela, acrescentando 1 colher de chá de mel, sal a gosto e um fio de azeite.

Dica2 - Minha personal-nutricionista-clínica de plantão liberou o vinho branco (só 125ml) neste jantar. Bebemos um Sauvignon Blanc que combinou bem, na minha opinião. Não sei se poderíamos ter optado por outra variedade de tinto...sugestões são bem vindas.

Vinho: Gran Hacienda Sauvignon Blanc 2007
-Viña Santa Rita S.A. - Valle de Lontue, Chile
- 100% Sauvignon Blanc.
Amarelo palha. Aroma de sementes de maracujá, cítricos. Ácido, seco, corpo médio com toques de ervas no final.