terça-feira, 15 de julho de 2008

7a. Harmonização Virtual

Cheguei. Com um dia de atraso, mas cheguei. Para participar da 7ª. Harmonização Virtual promovida pelo Gourmandise.

Motivo da demora: penei para conseguir a cerveja que seria harmonizada com o papillote de frango – a La Trappe Trippel. Na verdade, quando estava quase desistindo, achei a La Trappe Dubbel na Varanda Frutas. Como esta não era exatamente a bebida indicada, consultei a Nina, que me deu carta branca para ir em frente. Tudo corria bem e eu planejava preparar o prato para o almoço do último domingo. Acontece que o distraído que lhes escreve concentrou-se tanto na procura da cerveja que esqueceu dos demais ingredientes. Convenhamos, comprar aspargos frescos às 14hs de um domingo não é muito fácil. Nada que uma passadinha em 2 ou 3 supermercados no dia seguinte não resolvesse.

Ingredientes à mão, copos e talheres a postos, eis abaixo a receita, seguida de minhas impressões:

Papillote de frango e aspargo (a foto acima é do papillote antes de ser fechado)

Ingredientes:

- 1 ½ colher de sopa de manteiga
- 30ml de vinho branco seco
- 1 ½ colher de sopa de mostarda Dijon
- 1 colher de sopa de suco de limão
- ½ colher de sopa de manjerona fresca
- pimenta do reino moída na hora
- 2 filés de peito de frango (sem pele e sem osso)
- 227g de aspargo fresco
- 72g de cenoura em tiras finas e longas (julienne)
- clara de ovo (bata até desfazer)
- 2 folhas de papel manteiga (30,5 X 38cm)

Modo de Preparo:

1. Aqueça o forno à 200ºC.
2. Misture vinho, mostarda, suco de limão, manjerona e pimenta.
3. Doure os filés em ½ colher de manteiga derretida. Retire do fogo e corte cada filé em 5-6 fatias (na diagonal).
4. Faça os papillotes: pincele clara de ovo nas laterais do papel manteiga , dobre ao meio (formando um retângulo), feche as duas laterais (dobrando e fechando bem).
5. Coloque os legumes e o frango (metade em cada), distribua o molho nos dois papillotes, regue com a manteiga derretida restante. Feche bem, dobrando.
6. Caso o papel manteiga usado seja muito fino, faça pacotes duplos.
7. Asse por cerca de 12 minutos.

Achamos (eu e a Gabi) a receita deliciosa. Equilibrada, saborosa, Light. O tempo de forno está perfeiro e os legumes saíram com frescor e crocância ideiais. Definitivamente anotado no caderno de receitas. Como acompanhamento servi batatinhas ao murro, pinceladas com manteiga.

Foi a primeira vez que degustei cerveja "seriamente", tentando prestar atenção em aromas, corpo, coloração e persistência. Confesso que tive dificuldade. Estou mais acostumado com vinho. Na minha opinião, o amargor característico da "La Trappe" combinou bem com o aroma da manjerona fresca. Mas as congruências param por aí. Achei que a cerveja encobriu demais as sutilezas e sabores do prato. Não funcionou. Apesar disto, não há como negar que a cerveja é gostosa. Aliás, gosto mais deste tipo de cerveja do que das tipo Pilsener.



- La Trappe Dubbel Trappistenbier, 7% vol.
- Fabricado por Koningshoeven, Berkel-Enschot, Holanda.
Caramelo escura, levemente adocicada. Herbácea, especiarias (noz-moscada?). Saborosa, corpo médio, boa permanência. R$ 36,00 na Varanda Frutas.
Veja também as impressões da Nina e Marcel, Rafaela e Cláudio e do Edu

2 comentários:

Edu Passarelli disse...

Caro Rogério, tudo bom!

Antes de tudo, parabéns pelo blog. É de muito bom gosto!

Apesar de serem do mesmo fabricante, as La Trappe Dubbel e Tripel são cervejas totalmente diferentes.

A primeira usa como base maltes caramelizados e levemente torrados, e tem o teor alcoólico de 6%. Já a segunda utiliza maltes claros, além de algumas especiarias como tempero, e já com teor de álcool de 8%.

Com certeza isso deve ter influenciado na harmonização. Quanto à sua preferência por ela ante as pilsens, sou forçado a concordar, mas somente quando falamos em pilsens que dominam o mercado brasileiro. Uma verdadeira pilsen tcheca é saborosa e muito aromática!

Grande abraço,

Edu Passarelli

Rogério disse...

Olá Edu!
Bem Vindo!
Pois é, eu imaginei mesmo que a harmonização poderia ficar comprometida. Rodei à beça aqui em SP para achar a Trippel e não consegui. Agora fiquei muito curioso para prová-la.

Achei muito interessante esta experiência de harmonizar comida com cerveja. Como eu disse, nunca tinha levado isto a serio e o que a gente tende a pensar é que cerveja é uma bebida que se toma com feijoada, bacalhau e bife, além dos tira-gostos. Percebo agora que não é bem isto. A coisa vai além, como ví em seu blog...conclusão que preciso estudar mais sobre o assunto...e beber mais também ! :)

Quanto às pilsens, é verdade. Refiro-me as estas "aguadinhas" aqui do Brasil. Lá na Europa é outra conversa. São muito, muito gostosas.

Abração
Rogério